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09/02/23

O Dia do Consumo Consciente e a Pandemia

O Dia do Consumo Consciente foi instituído pelo Ministério do Meio Ambiente para chamar a atenção da sociedade para os riscos da produção e do consumo exagerados. A ideia é despertar a consciência do público para os problemas sociais, econômicos, ambientais e políticos causados pelo exagero no consumo. A data foi criada em 2009 e é celebrada em todo o Brasil no dia 15 de outubro.


Em 2008, a Consumers International (CI) promoveu uma mobilização mundial na mesma data para marcar a importância da educação para o consumo sustentável. O movimento Global Consumer Action Day contou com a adesão de mais de 40 instituições e outros grupos de consumidores em 33 países.


Além de reduzir o consumo, esse dia também alerta para o fato de que um produto ou serviço deve minimizar o uso de recursos naturais, materiais tóxicos, diminuir a emissão de poluentes e a geração de resíduos, além de ser uma contribuição voluntária, cotidiana e solidária do cidadão para garantir a sustentabilidade da vida no planeta.


No ano de 2020, em tempos de pandemia e mudanças no cotidiano, junto com todo o turbilhão de informações e práticas que nos direcionam ao “novo normal”, as experiências individuais vão mostrando que o consumo, em geral, passa por mudanças, seja em relação à queda na renda ou porque a nova rotina tem levado as pessoas a descobrirem o que realmente precisam e não precisam mais consumir.


É fato que a freada nas compras vem sendo constatada em todas as classes sociais. Isso mostra que o surto causado pelo coronavírus traz ainda muitas incertezas e vem impactando o mercado de produtos de consumo, provocando também mudanças nos hábitos dos consumidores, que estão mais cautelosos ao realizar suas compras.


Pesquisa recente divulgada pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) mostrou também que, diante desse momento inédito de pandemia, os brasileiros esperam que as marcas sirvam de exemplo e os guiem para a mudança. É o que respondeu 25% dos entrevistados de uma pesquisa da Kantar Ibope realizada em março.


É por isso que, ultimamente, tem sido mais comum notar as pessoas assumindo uma postura mais questionadora em relação aos produtos que compram e seus hábitos. É que a facilidade de acesso a uma excessiva quantidade de informações a respeito de marcas e produtos também contribui para que os consumidores fiquem cada vez mais alertas sobre o impacto que cada compra pode causar na sociedade, no bolso e no meio ambiente.


Assim, é preciso deixar para trás a ideia de que consumir consciente é não consumir. Na verdade, é consumir melhor e diferente, levando em consideração os impactos deste hábito, pois o consumidor consciente é aquele que leva em conta, o meio ambiente, a saúde humana e animal, as relações justas de trabalho, além de questões como preço e marca, antes de escolher os produtos que compra.


É esse consumidor consciente que entende que pode ser um agente transformador da sociedade e que, mesmo um único indivíduo, ao longo de sua vida, deixará um rastro de impacto significativo na sociedade e no meio ambiente por décadas. O equilíbrio entre a sua satisfação pessoal e a sustentabilidade é o que deve ser buscado em cada ato de consumo.


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